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Fortnite: Criando novas experiências de marca por meio de skins

Você pode até não ser um jogador ou fã, mas é impossível ignorar esse fenômeno mundial que se tornou os e-sports. Se você trabalha com alguma área relacionada ao…

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Você pode até não ser um jogador ou fã, mas é impossível ignorar esse fenômeno mundial que se tornou os e-sports. Se você trabalha com alguma área relacionada ao universo do marketing e da comunicação, olhar para o mercado de e-sports pode te ensinar (e muito) sobre um novo público e ações digitais criativas. Para entender melhor, no texto de hoje vamos falar sobre um destes games e a sua relação com várias marcas de fora do cenário de games. Mas já adianto uma coisa, o mercado é enorme!

Fortnite foi criado pela Epic Games em 2011, mas só “explodiu” com a chegada do gênero battle royale, que coloca até 100 jogadores simultâneos em uma partida frenética. O gênero virou uma febre tão grande, que, atualmente, os principais títulos de jogos eletrônicos – antes “offline” ou com multiplayers restritos – tentam, de alguma forma, entrar na onda do battle royale (mas muitos falham miseravelmente).

No entanto, o battle royale não é o que torna Fortnite uma potência do mercado, mas a rapidez e capacidade que a Epic Games tem de criar experiências digitais para o seu público. Para quem não está acostumado com este cenário, precisamos explicar um ponto importante:

Skins e customização: Fortnite conta com uma infinidade de skins que são, na sua grande maioria, customizações estéticas (ou seja, só mudam a estética do jogo, sem dar nenhuma vantagem competitiva) dos mais diversos temas. Normalmente elas são vendidas por “V-Bucks”, a moeda do jogo, ou conseguidas por meio de Passes de Temporadas. Alguns personagens/skins são disponibilizadas em temporadas específicas e depois somem da loja do jogo, tornando-se rara (entre os jogadores) e uma lembrança daquele episódio.

A Epic Games entendeu que poderia usar isso a seu favor e começou a criar parcerias com marcas de fora do universo dos games, criando itens e personagens exclusivos como forma de publicidade (para as marcas) e experiência (para os jogadores). Ah, Victor, mas outros jogos já fizeram isso no passado. Sim, já fizeram, mas não com o apelo e a força que Fortnite tem feito nos últimos tempos.

Fortnite & Nike: Do varejo para os games (e vice-versa)

O primeiro dos três casos é a parceria Fortnite & Jumpman. A famosa linha (dos tradicionais Nike Air Jordans) chegou ao universo de Fortnite com um novo formato de jogo, onde os jogadores precisam correr pelo mapa para coletar moedas e itens exclusivos. Além do tênis e um visual customizado pela marca, o modo Downtown Drop Limited-Time permite que os jogadores desbloqueiem o Back Board Back Bling, um skate que fica nas costas dos personagens.

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Fortnite & Marvel: Thanos no Battle Royale

Outra que entrou na parceria com a Epic Games foi a Marvel. Com o objetivo de divulgar Vingadores: Ultimato, a marca transformou as armas dos super-heróis dos quadrinhos em itens para Fortnite. Nesta parceria existe um detalhe importante: Nenhuma skin de super-herói. Eu arrisco em dizer que existem dois motivos… Como os personagens Disney são entidades sagradas para a empresa, acredito que eles não deixaram colocar personagens jogáveis por uma questão de proteção da marca (pelo menos os principais, já que existe uma skin da Viúva Negra). O outro motivo seria o jogo oficial de Vingadores, produzido em parceria com a Square, e que será anunciado durante a E3 2019.

Fortnite & John Wick: A polêmica de antigas inspirações

Quem também saiu dos cinemas e entrou no universo de Fortnite foi o lendário assassino John Wick. Interpretado por Keanu Reeves, a skin com o visual do ator canadense veio acompanhada de vários itens e muita polêmica. Diversos fãs de Fortnite reclamaram que o visual do personagem lembra muito o Ceifador, um personagem da terceira temporada (e os jogadores assíduos de Fortnite gostam de itens raros, e esta skin era uma delas – segundo a Epic Games, skins de Passes de Batalha são exclusivas e não são vendidas nas lojas do jogo). O problema é que – provavelmente – o Ceifador foi inspirado no personagem de Reeves e, numa jogada de marketing genial (e ironia do destino), a cópia encontrou o original.



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