Futuro
Ford adota cães-robôs para mapear as fábricas
Quatro patas, corpo de metal e sensores de varredura. Bem que poderia ser a descrição de um máquina mortífera (se você já viu “Metalhead”, o quinto episódio da…
Quatro patas, corpo de metal e sensores de varredura. Bem que poderia ser a descrição de um máquina mortífera (se você já viu “Metalhead”, o quinto episódio da…
Quatro patas, corpo de metal e sensores de varredura. Bem que poderia ser a descrição de um máquina mortífera (se você já viu “Metalhead”, o quinto episódio da quarta temporada de Black Mirror, sabe o que estou falando), mas estas são as características do Fluffy e Spot, cães-robôs alugados da Boston Dynamics, para escanear as fábricas da Ford.
Como os cães, os modelos possuem quatro patas, cerca de 30 kg e podem se sentar, dar a pata e rolar. Também podem subir rampas, degraus e digitalizar o ambiente com câmeras de 360 graus. Fluffy e Spot fazem parte de um programa piloto de manufatura nos Estados Unidos para economizar tempo, dinheiro e aumentar a eficiência na preparação das fábricas da Ford para a introdução de novos produtos.
Atualmente, os cães-robôs estão sendo usados na fábrica de transmissões Van Dyke, em Michigan e são equipados com cinco câmeras (que servem para escanear o chão de fábrica, auxiliando os engenheiros na atualização da planta), além de andarem até 5 km/h com uma bateria com cerca de duas horas de duração.
Para Paula Wiebelhaus, operadora dos cães-robôs, a chave do sucesso de Fluffy e Spot é a agilidade. Eles são comandados por um controle semelhante aos de videogame, com visão remota da câmera. Se ocorrer algum problema, uma função de parada segura impede que eles colidam com qualquer coisa. Além disso, por enquanto, os robôs são programados para seguir um caminho específico e operados a até 50 metros de distância.
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“Nós projetamos e construímos a fábrica. Depois, ao longo dos anos, são feitas alterações que raramente são documentadas”, diz Mark Goderis, gerente de engenharia digital da Ford. “Examinando as instalações com os robôs, podemos ver como elas realmente são agora e reequipá-las para receber novos produtos.”
“Costumávamos andar pelas instalações com um tripé, parando em locais diferentes e esperando cinco minutos para o laser digitalizar”, lembra Goderis. “A varredura de uma planta pode levar duas semanas. Com o Fluffy, leva a metade do tempo.”
A maneira antiga também era cara — quase US$ 300.000 para digitalizar uma instalação. Se esse piloto funcionar, a equipe de manufatura da Ford poderá escanear todas as fábricas por uma fração desse custo. Além de economizar dinheiro, as novas tecnologias ajudam a reorganizar as instalações mais rápido, acelerando a chegada de novos veículos ao mercado. Com o tempo, diz Goderis, a intenção é operar os robôs remotamente, programando-os para missões na fábrica e recebendo relatórios imediatamente de qualquer lugar.