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Medal of Honor - Tiroteio online de qualidade e polêmica no novo game da série

Por Victor Vasques Acho que já perdi a conta de quantas vezes sentei na minha cama, preparei meu controle do Xbox, engatilhei a arma na tela e sai para uma guerra…

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Por Victor Vasques

Acho que já perdi a conta de quantas vezes sentei na minha cama, preparei meu controle do Xbox, engatilhei a arma na tela e sai para uma guerra online.

Depois de Halo Reach, agora é a vez de Medal of Honor assumir o lugar de game da vez no meu console. Lançado no último dia 12 de outubro e desenvolvido pela Danger Close Games, o novo título da série pode parecer mais um mero jogo com gráficos estupendos e pura adrenalina dos tiros virtuais, mas ganha destaque pela polêmica em torno do jogo.

Inicialmente com o subtítulo “Friends from Afar”, em sua versão beta o jogo permitia os jogadores assumirem os papéis de combatentes Talibãs. Foi aí que começou a polêmica!

“(…)em sua versão beta o jogo permitia os jogadores assumirem os papéis de combatentes Talibãs.”

A rede de lojas GameStop, situadas nas bases militares americanas AAFES (Army and Air Force Exchange Service) bloqueou as vendas do jogo, seguido de vários protestos de jogadores americanos e famílias de combatentes.

De acordo Craig Owens, diretor de marketing da produtora responsável pelo jogo, “ainda há, ao que parece, um grupo um pouco desconfiado de um jogo que ocorre em torno de um conflito ativo.” Por isso o grupo teve seu nome alterado para “Forças Opositoras”.

Ok, com mudança ou sem mudança de nome. Não importa. Vai dizer que ninguém sabia que ao colocar terroristas, ligados aos ataques de 11 de Setembro, matando soldados americanos não causaria revolta por parte dos americanos? Arrisco em dizer que o grupo comandado por Osama Bin Laden tem hoje a mesma imagem que os nazistas tinham para os americanos da década de 40.

Então por que adotar uma polêmica? Alguns arriscam em dizer que foi uma “jogada de marketing”. Eu posso até concordar, mas completaria dizendo que foi uma “jogada” feita por iniciantes e o tiro saiu pela culatra.

Para nós, brasileiros, que não sentimos na pele as consequências do conflito, digo que apenas nos resta aproveitar a disputa bélica online no controle de nossos mercenários armados até os dentes.

Já para quem quiser entender um pouco mais porque chamei estes “nobres” combatentes de mercenários e entender a outra face do conflito, indico o livro Blackwater, resultado de uma extensa investigação jornalística do americano Jeremy Scahill. Fantástico para se ler enquanto joga! Só não indico fazer as duas coisas ao mesmo tempo ou você será alvo fácil para algum sniper como o vídeo abaixo.

Para fechar, posso dar minha opinião como jogador. Com gráficos fantásticos, física aprimorada (os tiros de snipers variam com o vento) e arsenal realista, novo Medal of Honor tem tudo para chegar do sucesso que foi Call of Duty: Modern Warfare 2.



Victor Vasques é ceo e editor chefe do Com limão. Como designer já passou pelos principais portais brasileiros, atuando sempre nas áreas de design digital e branding.



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