Comunicação
A face do lixo: Publicidade em Hong Kong e punição em praça pública
A ilha de Hong Kong é menor do que a cidade de São Paulo, no entanto isso não evita que a região chinesa produza mais lixo do que a maior metrópole da América…
A ilha de Hong Kong é menor do que a cidade de São Paulo, no entanto isso não evita que a região chinesa produza mais lixo do que a maior metrópole da América…
A ilha de Hong Kong é menor do que a cidade de São Paulo, no entanto isso não evita que a região chinesa produza mais lixo do que a maior metrópole da América Latina (são 16 mil toneladas contra 13 mil da capital paulista). Infelizmente a educação oriental também não impera por lá e a ilha sofre com a quantidade de lixo nas ruas. Por isso que a ONG HK Clean Up, em conjunto com a Ogilvy & Mather HK lançaram a campanha “The Face of Litter” (em tradução livre, “A face do lixo”).
Eles começaram a recolher alguns itens jogados nas ruas da cidade (como chicletes, cigarros e camisinhas), levaram para um laboratório, mapearam o DNA encontrados e recriaram os rostos das pessoas que jogaram o lixo no chão. Segundo a ONG, as precisões dos “retratos falados” são de 90%, por isso decidiram espalhar pela cidade cartazes com os rostos e os respectivos lixos.
A cultura da punição por humilhação
A ideia aplicada em Hong Kong pode parecer bem interessante, mas levanta alguns pontos interessantes para discussão. Será que a humilhação é uma boa forma de punição? Qual o impacto nos donos dos 27 rostos impressos e espalhados pela cidade? Será que eles foram reconhecidos por parentes e amigos? Em um período onde tanto se discute sobre bullying, não estariam eles praticando algo semelhante?
São tantas perguntas, que acho muito prepotente uma só pessoa (no caso, eu) dizer se a ONG está certa ou errada, mas gostaria de deixar dois pontos para reflexão: