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Extra! Extra! O Aranha salvou o hyppe Obama!
Eu, você e todos os Estados Unidos sabem quanto Obama é hyppe, quase um Michael Jackson – na fase áurea, anos 80, claro! – da política yankee. E neste mês, o…
Eu, você e todos os Estados Unidos sabem quanto Obama é hyppe, quase um Michael Jackson – na fase áurea, anos 80, claro! – da política yankee. E neste mês, o…
Eu, você e todos os Estados Unidos sabem quanto Obama é hyppe, quase um Michael Jackson – na fase áurea, anos 80, claro! – da política yankee.
E neste mês, o comandante da nação americana vai dar mais um passo rumo ao topo do pop: lá fora, a revista Amazing Spider-Man n° 583 vai trazer uma história de seis páginas na qual o Aranha vai salvar Obama de um atentado (com ar terrorista) promovido pelo vilão Camaleão bem no dia da posse do presidente.
A posse só não vira um furduncio maior graças à presença de Peter Parker, que vai até lá para fotografar o evento. Se fosse o Coringa do Heath Ledger que estivesse preparando a emboscada, a coisa ficaria bem mais complicada, com certeza. Why so serious? E, Bush, se a coisa fosse com você, acredito que o Aranha seria linchado se impedisse o ultraje. Rararararararara.
Joe Quesada – editor da Marvel – declarou que a história é inspirada na declaração de Obama na qual ele confessa ser fã do aracnídeo.
Inspirações à parte, a jogada é uma clara manobra de marketing para atrair os fãs para as novas histórias do Homem-Aranha com o objetivo de otimizar as vendas das HQs, depois da polêmica mudança de trajetória do personagem na saga One More Day, que gerou contestação por parte de inúmeros fãs do Amigo da Vizinhança. Esta é uma forma de reaproximar Spider dos seus fãs, alem de trazer novos adeptos, levando em consideração o quanto Obama se tornou hyppe no cenário mundial e, principalmente, americano.
Por outro lado, é uma estratégia interessante para o governo americano contar com o novo presidente nas páginas de Amazing Spider-Man. Desde que as primeiras HQs conheceram a luz do dia, elas sempre foram uma forma eficiente de popularizar e reforçar posicionamentos políticos. Foi assim na Segunda Guerra Mundial, quando as comix eram enviadas para os soldados no campo de batalha para alavancar a auto-estima geral e, depois em 2001, quando o próprio Aranha presenciou e narrou o horror do 11 de Setembro. Os super-herois possuem grande apelo inspirador, ético e ajudam-nos a exteriorizar nossas melhores aspirações, como a superação de crises, por exemplo.
Esse encontro me chamou mais atenção pela nostalgia provocada que pela aventura em si: por um momento, vislumbrei o desperdício que a Marvel fez ao eliminar Steve Rogers, ao final da Guerra Civil. Caso o assassinato do Capitão America não tivesse ocorrido para também aumentar as vendas de uma história, poderíamos ter agora o prazer ímpar de testemunhar o encontro épico entre o novo representante da nação e da esperança americana com o heroi que personificou como nenhum outro esta esperança e adotou esta pátria para defendê-la contra a injustiça e a criminalidade. Com certeza, um diálogo cara-a-cara antológico e carregado de significados sairia dali.
Mas a morte do heroi bandeiroso, acompanhada da necessidade tão yankee de capitalizar de forma ensandecida chegaram antes do grande Dia da Posse de Obama.
Em tempo: e por falar em Coringa, é com grande alegria a constatação da vitória de Heath Ledger no Globo de Ouro póstumo pela sua interpretação brilhante do Palhaço do Crime no filme Batman – O Cavaleiro das Trevas.
Ao mesmo tempo, meu bom humor sofreu um abalo sísmico ao descobrir que a produção do filme Shazam!, que conta a origem da transformação do garoto órfão Billy Batson no poderoso – e cool – Capitão Marvel foi cancelada.