A Apple apresentou nesta terça-feira (08), seus novos produtos: o novo iPad Air, agora com chip M1; o novo iPhone SE com A15 Bionic; o poderoso chip M1 Ultra; o Mac Studio, substituto do Mac Mini; e seu monitor Studio Display. Além das novidades, também tivemos anúncios do Apple TV+ e a versão verde do iPhone 13 e 13 Pro (veja abaixo).
Para entender melhor as novidades da Apple, precisamos entender para qual perfil de público a empresa direcionou cada uma das novidades. Parece ser um pequeno detalhe, mas influencia todo o contexto do lançamento — e os seus preços. Principalmente no caso do Mac Studio e do Studio Display. Mas vamos começar pelo iPhone SE.
O modelo de entrada da Apple agora virá com chip Bionic 15 (o mesmo utilizado no iPhone 13), bateria melhorada, conectividade 5G e tela Retina HD. Além disso, o iPhone SE tem resistência IP67 (resistente à água) e Touch ID – este último talvez seja a grande surpresa. Não por ser uma novidade, mas por continuar presente até mesmo no modelo mais barato de 2022. Segundo a Apple, a GPU do novo iPhone SE é 2.2x mais rápida do que o iPhone 8, tornando um smartphone ideal para quem quer aproveitar tudo dos games na palma da mão.
iPad Air com M1
Outra “novidade” é o iPad Air com chip M1, o mesmo processador utilizado nos MacBooks. Digo novidade entre aspas porque o modelo já era esperado, mas é muito legal ver ele ganhar vida. Nos últimos meses comprei um MacBook Air com M1 e posso dizer que virei fã do chip da Apple. O grande segredo dele não está só na potência, mas como ele gerencia o consumo energético, ou seja, com menos desperdício de energia, ele trabalha melhor e esquenta menos. É uma bola de neve e vou tentar explicar… Menos energia é igual a menos calor. Com menos calor, o CPU/GPU trabalham melhor.
Com chip M1 no iPad Air, o modelo ganha mais potência e mantém a mobilidade do tablet. Além disso, o Air conta com conectividade 5G e teve uma melhoria na sua câmera frontal (agora com 12MP Ultra Wide). Unido a Magic Keyboard, capa com teclado da Apple, o novo iPad Air pode substituir muitos notebooks do mercado. Disponível em 5 cores, os preços variam entre R$ 6.799 (64GB) e R$ 8.399 (256GB), mas podem chegar a quase R$ 15 mil com conectividade Cellular, Magic Keyboard e Apple Pencil.
Chip M1 Ultra
Nesta novidade a Apple mostrou que não está para brincadeira. Enquanto o mundo sofre com uma carência de chips, a empresa de Cupertino mostrou que dá para fazer mais com menos. O novo M1 Ultra é uma junção de dois chips M1 Max, permitindo que se crie uma CPU com 20 Core e uma GPU com 64 Core. Para quem não está acostumado com termos técnicos, isso quer dizer que eles somaram os dois processadores e trouxeram muito mais potência (algo jamais visto). O grande segredo segue sendo em dois detalhes: na conexão entre os dois chips – chamada de arquitetura UltraFusion – e no consumo energético.
A mesma história do iPad. Se o chip consome menos energia, mas de forma mais inteligente, ele desperdiça menos e ganha potência. É legal ver que a Apple está empenhada em trabalhar o seu conceito de menos impacto ambiental, uma vez que os produtos consomem menos, mas continuam sendo referência em potência.
Mac Studio & Studio Display
Antes de falarmos sobre o Mac Studio, precisamos entender para qual público ele é direcionado. Esta caixinha potente não é para você jogar games ou editar um vídeo ou outro. O Mac Studio é o que existe de mais fino para um público PJ, ou seja, para estúdios de design, arquitetura, 3D, desenvolvimento de softwares, fotógrafos e músicos. Estamos falando de um computador top de linha para trabalho.
“Meu deus, o Mac Studio custa quase 100 mil reais”. Sim, meu caro leitor. Para efeito de comparação, nós testamos recentemente o Lenovo P620, modelo escolhido para ser o coração das ilhas de edição e 3D da Dreamworks. O aparelho usa um processador AMD Ryzer Threadripper Pro 3995WX que custa R$ 40 mil. Isso mesmo, 40.000 reais só no processador. E vale dizer que consome uma boa quantia de energia elétrica.
Já o Mac Studio promete consumir 1.000 kW/h a menos do que o desktop top de linha. Além disso, é muito mais compacto – uma obra prima da engenharia da Apple e resultado de um poderoso sistema de dissipação de calor. De novo, é a mesma equação utilizada no M1 do iPad Air (menos energia, menos calor e mais desempenho). Completa o conjunto do Mac Studio 6x portas USB-C Thunderbolt 4, 1x porta HDMI, 1x SDXC, 1x porta Ethernet, Bluetooth 5.0 e Wi-Fi 6.
Reforçando… não é um computador para uso doméstico. Ninguém precisa de 6 portas Thunderbolt 4 para utilizar em casa. Só se você tiver um estúdio em casa, mas isso quer dizer que você é uma PJ e o Mac Studio é um investimento, não um custo para a sua empresa.
Só que o novo computador da Apple precisa de uma tela; e não dá para usar aquele monitor capenga full HD. Por isso, a marca apresentou em conjunto com o Mac Studio, o Studio Display. Uma tela de 27 polegadas com Retina 5K, 6 alto-falantes com Áudio Espacial e microfone de estúdio embutido; câmera de 12 MP Ultra Wide integrada e 600 nits de brilho.
Além disso, o Studio Display conta com 3 portas USB-C e… eis a grande novidade! Precisa apenas de uma entrada Thunderbolt de 96W para funcionar. Ou seja, basta um cabo para conectar tela e computador (a mesma entrada disponível nos MacBooks). Com vidro nano-texture, que dispersa a luz e diminui o reflexo, o novo Studio Display sai por R$ 20.999 e já está disponível na loja da Apple Brasil.