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iPad Air ou Notebook? A minha experiência nestes dois mundos
Vale a pena investir em um iPad novo? E um notebook top de linha? Neste texto, contarei um pouco da minha experiência entre estes dois mundos. Como você, caro leitor ou…
Vale a pena investir em um iPad novo? E um notebook top de linha? Neste texto, contarei um pouco da minha experiência entre estes dois mundos. Como você, caro leitor ou…
Vale a pena investir em um iPad novo? E um notebook top de linha? Neste texto, contarei um pouco da minha experiência entre estes dois mundos. Como você, caro leitor ou leitora, possivelmente saiba, sou designer há anos. Devido a profissão, é muito comum trabalhar com softwares da família Adobe (Photoshop, Illustrator e, mais recentemente, Audition) e outros tantos que demandam uma máquina com bom processamento.
Há alguns dias, migrei algumas das minhas tarefas para o iPad Air de 4ª geração. O novo aparelho da Apple tem algumas funcionalidades bem interessantes para quem trabalha com criação. A tela de 10.9 polegadas Liquid Retina com 500 nits de brilho e True Tone é importante para quem precisa de precisão nas cores. Algo que, até mesmo o meu notebook Windows (vale dizer, um modelo top de linha) falha na tarefa. Mesmo calibrado e com uma tela de excelente qualidade, o True Tone mostra porque a Apple está em outro patamar. Veja abaixo um resumo do novo iPad Air anunciado no evento “Tempo Voa”.
Outra vantagem do novo iPad Air é poder ligar ele em um monitor grande via entrada USB-C. Um dos melhores investimentos que fiz foi um cabo USB-C/HDMI. Com ele, basta conectar o iPad e sair usando. Pode ser um monitor ou uma televisão. Algo que já fazia no meu notebook, que possui apenas 3 entradas (2 USB-C e um USB-A). Vale dizer que os conectores USB-C são o futuro e você, muito provavelmente, verá uma enxurrada de produtos tecnológicos usando ele. Até então estávamos acostumados apenas com os smartphones usando esta entrada, mas muito notebook top de linha tem simplesmente abdicado do USB-A.
Meu notebook (que estou usando para comparar com o iPad Air) é um Intel i7 de 10ª geração com 16GB de RAM, ou seja, estou colocando o novo produto da Apple para “brigar” com um brutamontes neste comparativo. Só que o iPad Air também seus truques na manga e um deles é o processador A14 Bionic. Modelo próprio da Apple, segundo a empresa, este processador é 40% mais rápido.
Se você não é uma pessoa técnica e caminha pelas trilhas da criação — ou seja, é um designer, publicitário ou semelhante —, não é daquelas pessoas que olham benchmark de processadores e fala “este aqui é 200 pontos melhor que o modelo X”; então o que isso tudo significa? Para ilustrar nosso comparativo, decidi abrir um arquivo PSD com 60 layers no iPad Air. Algo talvez impensável até há alguns anos. E para a sua surpresa (e também minha), o produto da Apple “rodou liso”. Estamos falando de movimentar camadas, recortar imagens e fazer pequenos ajustes sem o iPad nem mesmo engasgar.
O problema é que chegamos no gargalo… e ele não é culpa da Apple. O Photoshop para iOS possui limitações. Ele não faz 100% o que o seu irmão desktop faz. Então, se você pretende fazer todo o trabalho no iPad, talvez tenha que usar um ou mais softwares. Acredito que isso seja questão de tempo também. O novo Air chegou depois que a Adobe lançou a versão 2021, então pode ser que venha novidade em breve. Mas, agora, na publicação deste texto, existe esta limitação no Photoshop (não é possível aplicar efeitos nas layers, por exemplo).
Se você possui um desktop ou aquele notebook velho de guerra que não sai da tomada e busca um aparelho para visitar clientes, fazer pequenas alterações longe do escritório ou, até mesmo, ver um filme da cama, a minha resposta é pragmática: invista em um iPad. Principalmente se você possui um iPhone e já está ambientado ao ecossistema Apple, o novo iPad Air é um investimento que vale cada centavo.
Leia também: Por que escolher o ecossistema da Apple
E, falando em centavos, talvez este seja o ponto mais apimentado deste comparativo. Existe uma crença que os produtos da Apple são caros. Acho complicado falar em caro/barato, porque isso depende da realidade de cada um, mas quero salientar alguns pontos:
Possibilidade de revenda: Quem já colocou um notebook a venda sabe como é difícil vender algo usado. Ainda mais um notebook Windows. No entanto, quem já colocou um iPad a venda, também sabe como é fácil achar compradores. Logo, o iPad é, sim, um investimento.
Preço: O iPad Air de 4ª geração com 256GB de armazenamento e conexão Wi-Fi sai por R$ 8.699, no site da Apple. Fui no site Zoom e busquei notebooks com processador Intel i7 de 10ª geração, 16GB de RAM e SSD de 256GB. Nesta configuração, o modelo mais barato é um Dell Vostro, por R$ 7.250, e o mais caro é um Acer Predator Helios, por R$ 9.024 (preços na publicação do texto e que podem variar). Ou seja, o valor de um novo iPad Air não está fora da realidade. O problema é que temos questões econômicas mais complexas, como o valor do dólar, por exemplo, e isso acaba deixando os produtos bem mais caros.
Touch, Apple Pencil, Magic Keyboard e 458g: Caso queira investir um pouco mais, o iPad possui dois produtos bem interessantes, a Apple Pencil de 2ª geração e o Magic Keyboard que, além de proteger o iPad, vem com touchpad e dá um toque de notebook ao aparelho. Além disso, o iPad Air é touch (como sempre) e possui apenas 458 gramas, ou seja, funcionalidades que você não encontrará nos notebooks que citei acima.
Como falei no início do texto, quis trazer muito da minha experiência com estes dois mundos. Se você busca mobilidade, o iPad é o melhor dos mundos. Este texto foi escrito usando um iPad Air e um Magic Keyboard em uma rede (não estou falando de rede de internet, estou falando de uma rede preguiçosa e de tecido). Enquanto digito estas palavras, balanço de um lado para o outro, sem precisar estar conectado a cabos ou com um aparelho pesado no colo. Se isso não é mobilidade, não sei o que é.
No entanto, alguns softwares não ajudam. Fazer uma planilha, um texto, uma apresentação ou edições rápidas estão dentro do cenário do novo iPad Air, mas faltam funcionalidades no Photoshop que, como designer, sinto falta e espero que Adobe atualize em breve. Se fosse trabalhar em um layout mais complexo, como um website ou um anúncio, muito provavelmente teria que partir para o desktop. Talvez por costume, talvez por teimosia de me aprofundar em aplicativos fora do ecossistema Adobe, mas esta seria a minha realidade. Neste caso, deixo você decidir qual é a melhor solução para o sua dia a dia e dar o veredito final.