Tecnologia
A expansão dos e-Sports no Brasil
Na era da internet, o mercado dos jogos online esta em franca expansão e avança com tamanha velocidade que é preciso estar bem antenado para acompanhar os lançamentos…
Na era da internet, o mercado dos jogos online esta em franca expansão e avança com tamanha velocidade que é preciso estar bem antenado para acompanhar os lançamentos…
Na era da internet, o mercado dos jogos online esta em franca expansão e avança com tamanha velocidade que é preciso estar bem antenado para acompanhar os lançamentos e as novidades deste setor. Muitos gamers e e-atletas surgiram e estão aí participando de campeonatos e fazendo fortuna com os jogos online no mundo todo.
Os e-sports ganharam adeptos e fãs no Brasil e têm competidores talentosos, sendo reconhecidos por aqui também. Muitos ainda ficam fora da grande mídia, mas alguns já estão tão famosos que acumulam títulos e verdadeiras fortunas jogando na web. São prêmios de torneios, acordos com patrocinadores, ganho com exibições em vídeo e até venda de itens conquistados nos jogos. E a movimentação financeira nos bastidores das telinhas vai muito além do que imaginamos.
O poker online, por exemplo, aquele jogo clássico, que, antigamente, era apenas visto em casinos e filmes, passou a ser um dos queridinhos do momento. O que era um hobby, ou até vício, ganhou status profissional entre os jovens gamers. Começar a jogar não é muito difícil, basta escolher um site, como o Full Tilt Poker, por exemplo, para aprender a jogar no mundo mágico das cartas e das apostas.
Yuri Martins Dzivielevski, conhecido como “theNERDguy”, é um exemplo de e-atleta brasileiro que se destacou recentemente no poker. Em 2014, o curitibano de 22 anos, foi vice-campeão mundial do World Championship of Online Poker (WCOOP) e faturou o prêmio recorde de US$ 708 mil. Yuri é apontado como o jogador que usa a melhor técnica do Brasil e figura entre os cinco melhores do país. Ele divide seu tempo entre o grind online (jogar consistentemente para lucrar sem correr muito risco), os cursos da PokerLAB e a gestão dos seus times.
Entre os MOBAs, jogos que misturam estratégia e RPG, o League of Legends no Brasil também está no topo dos e-sports. O jogo caiu na simpatia das empresas e dos grupos que atuam na área dos games eletrônicos. O LoL fascina todos os públicos, de jogadores jovens e adultos a espectadores. O número de torneios, equipes amadoras, semi-profissionais e profissionais crescem demonstrando que o game está com tudo no cenário nacional.
Em 2014, o e-Sport brasileiro conquistou um feito inédito: a equipe KaBuM ficou entre as 15 melhores do mundo e disputou o campeonato mundial de League of Legends, na Coreia do Sul. TinOwns, Dans, Minerva, LeP e Danagorn (pseudonimos dos garotos no universo do jogo) não venceram o League of Legends World Championship Season 4, mas foi a primeira vez que um time brasileiro conseguiu entrar em um dos principais torneios de e-Sports. As classificadas foram a coreana Najin White Shield e a americana Cloud 9.
O LoL tem ajudado a alavancar todo o cenário dos jogos eletrônicos: jogadores, agências, investidores, mídia, e profissionais envolvidos com e-sports têm pegado carona no avanço do game. Outros que geraram uma movimentação financeira bastante considerável em competições oficiais foram o Dota 2 (a maior premiação da história dos jogos digitais, com mais de U$ 12 milhões em premiações superando outros esportes como tênis e o próprio poker). O torneio do jogo de ação e estratégia “Dota 2”, na Brasil Game Show 2014, em São Paulo, foi grandioso. O evento ocupou metade de um pavilhão do Expo Center Norte, com palco, telões e assentos para milhares de espectadores e serviço de transmissão dos jogos ao vivo.
A Brasil Game Cup, competição organizada dentro dessa feira, reuniu 8 times em São Paulo e o campeonato foi conquistado pela equipe brasileira de “Dota 2”, da PaiN Gaming, com premiação de 40 mil reais. A PaiN é uma organização com patrocinadores de peso das mais consolidadas do país atualmente.
Pelo visto, estamos no caminho certo, mas ainda falta muito para alcançarmos o nível dos coreanos. Naquele pais, os e-sports são tratados como esportes nacionais. A Coreia do Sul, “patria do e-sports”, conta, desde 2000, com a KeSPA (Korea e-Sports Association), associação coreana de e-sports sob aprovação do Ministério da Cultura, Esportes e Turismo, estádios para os campeonatos e grandes patrocinadores como a samsung e SK Telecom, que injetam muito dinheiro nos times de e-sports por lá.
A Campus Party Brasil, principal evento tecnológico realizado anualmente no pais, apesar de recente (em São Paulo desde 2008 e em Recife desde 2012), chega para agregar valores aos temas relacionados a internet, inclusive os games. Atualmente, o evento conta com areas de Conteúdos, entre elas a Zona de Entretenimento Digital com games e simulação.
A realização de torneios na arena da Campus Party , como o de “League of Legends” em 2014, facilitou a participação de equipes brasileiras de LoL, como a PaiN Gaming (2º lugar), a CNB e Seven Wars, e de equipes latino americanas Isurus Gaming, Lyon Gaming e Furious Gaming.
O Brasil está caminhando para uma maior estruturação do cenário dos e-sports. Talvez numa geração próxima à prática dos esportes eletrônicos já tenha ganhado relevância nas instâncias políticas e administrativas do governo brasileiro e a atividade tenha sustento legal, institucional e financeiro, capaz de lhe conferir o valor e o destaque que merece.