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Quais tecnologias vão definir o futuro do iPhone?
O iPhone completou 15 anos em junho de 2022. Analisando todo esse tempo de avanços dos recursos desenvolvidos pela Apple, podemos traçar algumas previsões de como…
O iPhone completou 15 anos em junho de 2022. Analisando todo esse tempo de avanços dos recursos desenvolvidos pela Apple, podemos traçar algumas previsões de como…
O iPhone completou 15 anos em junho de 2022. Analisando todo esse tempo de avanços dos recursos desenvolvidos pela Apple, podemos traçar algumas previsões de como será o futuro do smartphone que revolucionou o mercado de telecomunicações. Hoje, entenda como algumas tecnologias ainda podem manter o carro-chefe da Apple na liderança do mercado de smartphones.
Vamos começar com o recurso de detecção de pessoas, presente nos modelos do iPhone 12 e 13. O sensor LiDAR (sigla em inglês para detecção de luz e distância) é apenas um exemplo de como a tecnologia dentro do iPhone evoluiu nos últimos 15 anos. Por meio dele, uma pessoa com deficiência visual pode usar o app de lupa e saber quando as pessoas estão próximas dela, por exemplo. Ele também pode medir a distância exata em que pessoas ou objetos estão do iPhone.
Quando o primeiro iPhone foi lançado, em 29 de junho de 2007, ele tinha uma tela de 3,5 polegadas, que seria considerada minúscula pelos padrões atuais, e uma única câmera de 2 megapixels. Hoje, os telefones mais sofisticados da Apple vêm equipados com câmeras traseiras triplas que são avançadas o suficiente para gravar vídeos com efeitos presentes em câmeras de cinema e sensores como o LiDAR, que ajudam pessoas com deficiência visual a se locomoverem.
Mas, apesar de o iPhone ter servido como um catalisador de tecnologias criadas pela Apple — como a assistente de voz Siri, por exemplo —, no futuro ele pode ser mais do que isso. No curto prazo, é claro que vamos ver melhorias incrementais, como câmeras de maior qualidade e displays gigantes. Mas, na próxima década, o iPhone pode evoluir para um hub para conectar, por exemplo, óculos inteligentes.
AirPods, Apple Watches e veículos habilitados para CarPlay podem ser apenas o começo. Com dispositivos IoT cada vez mais presentes, a próxima tacada da Apple será descobrir com o que ele poderá interagir e trazer mais inovações úteis, como o recurso de detecção de pessoas citado anteriormente.
Ainda há muita especulação sobre o que virá depois dos smartphones. Uma tendência são os óculos inteligentes, que empresas como Meta (“antigo” facebook), Snap e Google vêm trabalhando em suas versões.
A Apple não é exceção; uma reportagem da Bloomberg indica que a fabricante do iPhone pode estrear um fone de ouvido de realidade mista (que suporta tecnologias de realidade aumentada e virtual) ainda este ano ou no próximo. E o que isso tem a ver com o iPhone?
Vamos pensar no Apple Watch. Ele não precisa de um iPhone próximo para funcionar, mas grande parte de seu apelo envolve sua capacidade de sincronizar de perto com um aparelho da Apple. Muitas das notificações do Apple Watch também estão ligadas aplicativos e contas que foram configurados no iPhone.
Seja usando um Apple Watch, os AirPods ou aparelhos habilitados para HomeKit, os analistas de mercado esperam que o telefone permaneça no centro de tudo.
A Apple fez muitos progressos nessa frente no último ano, lançando novos recursos como IDs digitais para Apple Wallet e Tap to Pay, o que transforma o iPhone em um terminal de pagamento sem contato para comerciantes sem hardware adicional.
Portanto, não se trata apenas de se conectar a novos aparelhos tecnológicos pessoais. A Apple está gradualmente transformando o iPhone em uma substituição viável de serviços tradicionais, como meios de pagamentos. Com serviços financeiros cada vez mais digitais, é provável que veremos mais inovações nessa área dentro de um iPhone.
Baseadas nas tecnologias desenvolvidas pela Apple, analistas de mercado conseguem ter algumas ideias do que virá pela frente. O sensor de presença LiDAR provavelmente continuará a ser importante à medida que a empresa se esforça mais para acompanhar a tendência da realidade aumentada.
A Apple adicionou o LiDAR no iPhone 12 Pro em 2020 para aumentar o desempenho dos aplicativos de realidade aumentada, permitir novos truques de câmera e facilitar recursos de acessibilidade. A tecnologia mede a distância determinando quanto tempo leva para a luz refletir de um objeto e rebater para o iPhone.
No entanto, os sensores LiDAR atuais do iPhone podem não ser sofisticados o suficiente para concretizar as ambições de realidade aumentada da Apple. Especificamente, o que precisa acontecer é que o mapeamento do mundo real necessita ser mais preciso. Até que isso aconteça, a realidade aumentada não vai realmente acontecer de fato.
Um exemplo hipotético pode ser de como as melhorias da inteligência artificial poderiam, um dia, se manifestar nos próximos iPhones. É previsto um futuro no qual um iPhone possa observar os hábitos de uma pessoa para entender ela está usando o smartphone.
Estamos falando da maneira como você usa seu celular: em que ângulo seu smartphone está inclinado; como pressiona a tela, com uma pressão específica ou se você apenas toca com as unhas, ou coisas do tipo. Todos esses são diferentes tipos de comportamentos que são muito exclusivos de um usuário. E isso se trata de precisão, que pode trazer muito mais sentido em aplicações de realidade virtual.
Apesar de esse exemplo ser uma hipótese, os avanços em IA e tecnologias como o LiDAR e o 5G oferecendo mais largura de banda, dando ao iPhone mais consciência espacial, é fácil imaginar um cenário como este.
Talvez uma das maiores questões em torno dos planos futuros de smartphones da Apple é se a empresa alguma vez criará um iPhone dobrável. Os smartphones dobráveis aumentaram 264,3% em 2021, em comparação com 2020, de acordo com estudo do IDC, consultoria global de inteligência de mercado.
Porém, embora a Apple tenha registrado patentes para dispositivos móveis com displays flexíveis, esses arquivos nem sempre são indicativos dos planos da Apple. As vendas de telefones dobráveis têm crescido, mas, em comparação com smartphones regulares, ainda estão longe de ser uma tendência.
Outro estudo do IDC estima que 7,1 milhões de telefones dobráveis foram comercializados em 2021, em comparação com 362,4 milhões de smartphones tradicionais enviados apenas no quarto trimestre do ano passado. E ainda há a polêmica de entender se dispositivos dobráveis trazem algo realmente novo ou significativo para a experiência do smartphone.
Já a experiência de carregamento da bateria do iPhone provavelmente também deve ser atualizada. Entre USB-C, Lightning e MagSafe, não é exagero dizer que as opções de carregamento da Apple são muito específicas. Analistas de mercado acreditam que a pressão da União Europeia e dos senadores dos EUA pode fazer com que a Apple acabe adotando a USB-C como futuro conector do iPhone.
Mas mudanças mais dramáticas também podem surgir, como um iPhone totalmente sem conector, inclusive removendo o conector de fone de ouvido.
O carregamento sem fio tem sido um ponto focal para a Apple nos últimos anos, suportando ainda mais a tese de um iPhone sem porta. Há os carregadores MagSafe, que são relativamente novos, enquanto muitos veículos habilitados para CarPlay também suportam conexões sem fio. A Apple também patenteou sistemas de carregamento sem fio que seriam incorporados diretamente aos MacBooks, permitindo que os laptops da Apple carregassem iPhones, Apple Watches e iPads. O Conector Inteligente do iPad Pro também oferece uma maneira rápida e fácil de anexar acessórios ao tablet da Apple sem um conector.
Se esperam também as atualizações de rotina, como melhorias na câmera frontal do iPhone, e que a Apple continue a usar o tamanho da tela e a qualidade das câmeras traseiras para distinguir os iPhones regulares de seus iPhones Pro.
Ainda é impossível saber como serão as inovações dos novos iPhones, mas as tecnologias já implantadas pela Apple, desde a Siri até o sensor LiDAR, sugerem algumas pistas do que está por vir. Mas uma coisa é certa: muito do que a Apple está fazendo é preparar o iPhone para se integrar com os sistemas digitais de serviços e produtos que já existem, como serviços financeiros, realidade aumentada e comunicação com dispositivos IoT.