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Um mês depois, a minha opinião sobre o iPhone 15 Pro. Vale a pena?
Vale a pena trocar de iPhone? Confira o review completo do iPhone 15 Pro e descubra as inovações, melhorias e recursos do novo modelo.
Vale a pena trocar de iPhone? Confira o review completo do iPhone 15 Pro e descubra as inovações, melhorias e recursos do novo modelo.
Se você acompanha o Com limão constantemente, deve ter percebido que venho publicando reviews com um certo “atraso”. Decidimos que produtos que são rodeados de expectativas e grandes lançamentos merecem ser testados de uma forma mais consciente (se a marca mandar com antecedência, mais rápido publicaremos o review).
Infelizmente, algumas marcas têm patrocinado influenciadores, e os reviews de lançamento têm sofrido com opiniões pré-direcionadas. Existe muita gente séria no mercado, mas o mercado da comunicação também mudou bastante nos últimos anos.
Isso não quer dizer que eu não traga ou vá parar de trazer conteúdo em primeira mão, longe disso! Só tenho diversificado um pouco as plataformas. Instagram, Twitter (X), TikTok e, até mesmo, LinkedIn recebem unboxing, imagens em primeira mão e conteúdos rápidos. Por aqui, eu sigo com os textos mais aprofundados.
Após essa introdução, vamos aos comentários sobre o iPhone 15 Pro. Antes de tudo, é claro que recebemos o aparelho da Apple, mas isso não quer dizer que tenho a obrigação de falar bem sobre ele. Mesmo que seja básico dizer isso, acho que é necessário reforçar.
O iPhone 15 Pro é muito semelhante aos seus antecessores. Como testei o modelo Pro, ele é o primeiro com design em titânio aeroespacial, ou seja, é um pouco mais leve que os modelos anteriores (19g a menos que o 14 Pro; e 16g a menos que o 13 Pro).
Apesar da marca dizer que faz diferença, confesso que não senti diferença no peso… O grande destaque foi no design. Os cantos arredondados são mais confortáveis para quem usa o aparelho sem capinha.
“Quem usa um iPhone sem capinha?!”. Eu sei que você soltou essa frase, mesmo que mentalmente. A estrutura de titânio me deu mais confiança para usar o aparelho sem a FineWoven (tecido da nova capa, sobre a qual darei mais detalhes nos próximos parágrafos). Se você me encontrou na BGS 2023, viu que usava o aparelho sem a capa. Entre tombos e pequenos acidentes, o aparelho segue firme e forte depois de um mês de uso diário.
Vale dizer que no modelo 15 existem muitos destaques que não são tão evidentes a olho nu. Por exemplo, o quadro interno 100% feito de alumínio reciclado não é algo que você vai perceber, mas está ali… e já passou da hora de cobrarmos das marcas de tecnologia uma ação mais comprometida com o meio ambiente. Isso a Apple tem feito perfeitamente.
A tela continua sendo a Super Retina XDR, com seus 1000 nits de brilho máximo e pico de 2000 nits em ambiente externo. Comparado com o modelo anterior, este quesito não mudou em nada. Resolução, contraste, tecnologia ProMotion com atualização adaptativa de 120Hz, HDR, tela sempre ativa e o famoso/polêmico Dynamic Island também seguem no novo modelo.
Um dos grandes destaques internos é a GPU. O novo A17 Pro tem potência digna de notebook, e eu vi o novo Resident Evil 4 (previsto para dezembro de 2023) rodando no aparelho. É algo que nunca vi na vida. Um verdadeiro console móvel! A pergunta que fica no ar é: será que o consumidor entende isso?
O consumidor normal, aquele que saca o celular para tirar uma foto no automático, não vai conseguir extrair o verdadeiro potencial do modelo Pro. Assim como falei no meu review do Mac Studio, todos os aparelhos da Apple que vêm com o “selo” Pro são direcionados para uma categoria específica de consumidor.
Para quem gosta de jogar no celular, a nova GPU — com MetalFX Upscaling — traz gráficos mais fluidos e iluminação mais realista (com um Ray Tracing poderoso). O grande “problema” de toda essa potência é que a Apple depende dos desenvolvedores abraçarem um novo “console”. Assassin’s Creed: Mirage e Resident Evil 4, assim como alguns outros já previstos, são jogos pensados para o iPhone, não apenas para o formato mobile. Ou seja, demanda das produtoras uma certa adaptação e muito trabalho.
Chegamos aos grandes destaques do iPhone 15 Pro. Se você é fotógrafo ou videomaker, o modelo Pro foi feito pensando em você! Ele apresenta 3 sistemas de câmera: Grande-angular de 48 MP, Ultra-angular e Teleobjetiva.
Todas com capacidade para fotos em 24 MP e 48 MP, e ainda contam com controle de Foco e de Profundidade no Modo Retrato, que permite alterar o foco e a profundidade mesmo após ter registrado a foto. Ademais, o modelo oferece zoom óptico de .5x, 1x, 2x e 3x. Explicarei melhor esses detalhes adiante!
O iPhone 15 Pro adota um sistema denominado Photonic Engine, que “funde os melhores pixels de uma imagem de altíssima resolução com outra que otimiza a captura de luz”. A configuração HEIF de 48 MP assegura uma qualidade de imagem quatro vezes superior ao modelo anterior, em um formato otimizado para compartilhamento. Abaixo você confere algumas fotografias feitas na exposição “Japão em miniaturas”, do fotógrafo Tatsuya Tanaka.
Além disso, é possível registrar imagens em ProRAW de 48 MP, facilitando o ajuste preciso das cores, detalhes e amplitude dinâmica. Complementando esse sistema, há a opção de escolher lentes entre 24mm, 28mm ou 35mm, sem a necessidade de carregar equipamento extra.
Para os produtores de vídeo, o modo Cinema agora ajusta o foco automaticamente, permite zoom de 2x durante a filmagem e o modo Ação teve uma sutil melhoria na estabilidade de gravações manuais, tornando obsoleto o uso do estabilizador como acessório.
Isso tudo sem mencionar a captação no formato ProRes Log, ideal para quem busca uma filmagem 100% profissional. É importante notar que, para captações em 2,8K a 60fps, o iPhone 15 Pro requer um dispositivo de armazenamento externo.
A Apple anunciou, para este ano, a função de captura de vídeo espacial. Esse recurso grava vídeos 3D que podem ser visualizados no Apple Vision Pro (e, muito provavelmente, no próprio iPhone).
Outra inovação é a porta USB-C que, para os usuários Pro, transcende a mera função de carregamento. A versão 3 permite transmissão de 10 GB/s, possibilitando, por exemplo, conectar um HD externo para captação em tempo real. Mas não para por aí… segundo a Apple, você pode “conectar dispositivos com USB‑C, como pen drives, unidades de armazenamento rápido externo, monitores 4K e microfones. Além disso, é possível usar seu iPhone para recarregar o Apple Watch ou os AirPods”. No meu caso, conectei um HyperX Quadcast e gravei diversos podcasts na BGS 2023. Ouça aqui os episódios 18, 19, 20, 21 e 22.
Por fim, uma novidade presente no iPhone 15 Pro é o botão Ação. Localizado no lugar do antigo botão de mutar, agora é possível que o usuário configure ele para as mais diversas funções. Em conjunto com o Atalhos, é possíve fazer com que você tenha acesso rápido a câmera, um aplicativo e, até mesmo, abrir a porta de casa com fechaduras inteligentes.
Confesso que demorei para pegar o costume de usar, mas depois que você adota ele, é o famoso “como eu vivi sem isso!?”. No meu caso, eu tenho utilizado para acessar o ChatGPT, enquanto a Apple não vem com novidades da sua nova IA.
O iPhone 15 Pro trouxe várias melhorias internas em relação ao modelo anterior. Você deve ter notado que não mencionei superaquecimento, e há uma razão para isso… Mesmo após gravar podcasts o dia inteiro na BGS, usar redes sociais e filmar, o 15 Pro não superaqueceu em minha mão.
Leia mais sobre “Apple Vision Pro: A revolução da computação espacial”
Sobre esta questão, não vou afirmar que as pessoas estão usando o iPhone incorretamente ou que haja algum defeito pontual, mas, no meu caso, isso simplesmente não ocorreu. O único momento em que senti o aparelho aquecer foi durante a transferência de dados do meu iPhone antigo para o novo.
A bateria tem durado o dia todo, especialmente ao ativar o modo de economia de energia. Segundo a Apple, o consumo e carregamento da bateria são similares nos modelos 15 Pro, 14 Pro e 13 Pro, com durações específicas para diferentes tarefas e uma recarga rápida com o adaptador adequado.
Se você possui o modelo 14 Pro, talvez não valha a pena trocar, a menos que surja uma oferta irresistível ou que você seja um usuário Pro que realmente vá aproveitar as novas funções. Para os proprietários de outras versões, a troca pelo novo modelo é justificada.
Para os que têm um iPhone 13 Pro, a troca pode ser vantajosa, considerando que o modelo usado pode ser vendido por cerca de R$ 6.000 (modelo com 512 GB) e o novo 15 Pro está disponível por R$ 9.500 em algumas promoções.