Futuro

IA verde e soberana: Como o Brasil pode liderar o futuro da tecnologia

WideLabs aposta em IA soberana e sustentável no Brasil, com foco em saúde pública e energia limpa.

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WideLabs: Soberania Digital com sotaque brasileiro

Imagine um país com dimensões continentais, biodiversidade incomparável e uma matriz energética quase 100% limpa. Agora, imagine esse mesmo país não dependendo de potências estrangeiras para operar tecnologias críticas, como a inteligência artificial. É exatamente esse o cenário que Nelson Leoni, CEO da WideLabs, propõe — e está construindo.

Desembarquei no StartSe AI Festival, evento com foco em práticas e soluções de inteligência artificial, e conversei com alguns dos grandes players do cenário brasileiro e global. Entre painéis na plenária, muito café e network, conversei com Leoni, que tem no currículo a reinvenção de militar para atleta paralímpico e, hoje, líder em IA, e que tem lançado luz em uma questão estratégica do cenário no Brasil: A soberania digital precisa ser pensada como política estratégica. Não apenas no sentido geopolítico, mas também dentro de cada instituição — pública ou privada.

“A soberania tecnológica assegura que você tenha controle operacional. Isso significa que seus dados, suas operações e, no caso da saúde, suas vidas, estejam protegidas e sob seu domínio,” explicou o executivo. É com esse propósito que a WideLabs vem trabalhando no desenvolvimento de modelos como o Amazônia IA e os modelos Guará, Harpia e Golia, que operam em solo nacional, garantindo que a Inteligência Artificial “nasça, cresça e viva” no Brasil.

IA verde-amarela com energia limpa

Mas a soberania não para por aí. Leoni também enfatiza que o Brasil, ao contrário de muitas nações, pode bancar uma IA sustentável de verdade. Nada de compensar pegadas de carbono com créditos, mas sim trabalhar com data centers alimentados 100% por fontes renováveis. O diferencial não está apenas na fonte, mas na eficiência: com o uso de GPUs de nova geração, como a GB300 da NVIDIA, a WideLabs consegue escalar suas operações consumindo a mesma quantidade de energia.

O Brasil ele tem uma capacidade gigantesca para receber toda essa infraestrutura de inteligência artificial, não somente pro Brasil, até do mundo. A gente tem energia limpa e renovável, a gente tem espaço, a gente tem talentos internos.

Nelson Leoni, CEO da WideLabs

E aqui mora um dado poderoso: poucos países no mundo têm essa combinação de recursos renováveis e infraestrutura em expansão. O Brasil, nesse aspecto, pode não só acompanhar as potências tecnológicas. Segundo Leoni, temos a oportunidade de participar do topo da lista.

Quando o assunto é meio ambiente, Leoni é enfático e explica que a empresa trabalha com parceiros de data center que asseguram 100% da alimentação de fonte renovável e limpa, sem recorrer à compra de créditos de carbono. Uma das grandes preocupações (e impacto) do setor de inteligência artificial no Brasil e no mundo.

LIA e SANA: inteligência artificial para salvar vidas

SANA: IA de saúde

Uma das aplicações mais impactantes da IA brasileira da WideLabs é o projeto LIA. Em fase de testes, esse assistente de inteligência artificial é voltado à triagem de pacientes no SUS. E não é exagero dizer que ele pode salvar vidas.

Segundo dados citados por Leoni, cerca de 50% das classificações de risco em pronto-atendimentos estão equivocadas (a famosa pulseirinha colorida de triagem), resultado da sobrecarga de informações que precisa ser processada em minutos. A LIA atua justamente nesse ponto crítico: Ajuda enfermeiros e médicos a classificar corretamente o risco de cada paciente, melhorando o fluxo, priorizando corretamente e evitando tragédias silenciosas.

“Não é só sobre velocidade de atendimento. É sobre salvar vidas, na prática,” resume Leoni. Além disso, o sistema auxilia médicos com sugestões diagnósticas, funcionando como um copiloto clínico.

O executivo explicou para o Com limão que “a IA ajuda primeiro na classificação de risco. Isso é extremamente importante porque isso vai definir a prioridade da fila: quem precisa ser efetivamente atendido antes ou não. Depois ela encaminha para o médico e ali ela trabalha junto com a irmã dela, a SANA (um agente de saúde que ajuda os médicos a atender melhor), para ajudar o médico a tomar uma melhor decisão em relação ao diagnóstico.

A Sana é um agente virtual de saúde dotado de todo o conhecimento médico atualizado, pronto para apoiar profissionais em cada consulta. Ela não substitui o médico nem faz diagnósticos, mas oferece respostas rápidas, embasadas nas melhores evidências científicas.

Setor Público: Mais técnico do que se imagina

Apesar de ter larga experiência com o setor público, questionei Leoni se ainda há desafios em falar sobre inteligência artificial com este público. Um ponto curioso levantado por ele é a alta capacidade técnica do setor público brasileiro. Segundo ele, o grande trunfo tem sido a clareza com que os gestores públicos identificam suas “dores”. A IA, por sua vez, se torna um remédio preciso quando o diagnóstico é claro.

“A fórmula é aumentar a eficiência, gerar mais impacto com economia de custo,” explica o CEO. Uma equação rara — e promissora — num setor acostumado a lidar com escassez.

Enquanto o mundo discute como regular a inteligência artificial, o Brasil começa a mostrar que existe outro caminho: o da soberania, sustentabilidade e impacto real. Com soluções que priorizam a vida, respeitam o meio ambiente e operam com total controle nacional, a WideLabs está colocando o país na vanguarda de uma nova era tecnológica. Uma era com sotaque brasileiro — e potencial de uma liderença verde e amarelo.



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