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Com Limão entrevista ilustrador italiano Federico Mancosu
Por Pablo Vallejos Com obras visualizadas ao redor do mundo, Federico Mancosu é entusiasta da divulgação da arte pela web. O artista italiano é conhecido por produzir…
Por Pablo Vallejos Com obras visualizadas ao redor do mundo, Federico Mancosu é entusiasta da divulgação da arte pela web. O artista italiano é conhecido por produzir…
Por Pablo Vallejos
Com obras visualizadas ao redor do mundo, Federico Mancosu é entusiasta da divulgação da arte pela web. O artista italiano é conhecido por produzir pôsteres minimalistas de videoclipes de sucesso como “Sabotage”, dos Beastie Boys, “Thriller”, de Michael Jackson, entre outros artistas como Chemical Brothers e Red Hot Chilli Peppers.
Em seu site, é possível conferir o envolvimento com diferentes tipos de arte, sempre tendo uma forte conexão em reproduções de sucessos do cinema e vídeo.
Federico Mancosu concedeu entrevista exclusiva ao Com Limão para falar sobre origens profissionais, disseminação artística na web, influências e futuro da arte – como um todo – no universo online.
Com Limão: Conte-nos sobre o envolvimento com a arte minimalista.
Federico Mancosu: Eu vi os primeiros trabalhos na internet. Eu admito que não gostei de todos que via, mas o trabalho de artistas como Olly Moss, Youssef Ibrahim ou Bolton Jamie levaram-me a entrar no fluxo.
Lembro-me um trabalho feito na época de universidade para representar uma história sem usar palavras, mas apenas com gráficos, números ou caracteres especiais. Tendo, assim, experimentado em trabalhos semelhantes uma forte paixão por cinema, resolvi dedicar uma série de cartazes para um filme cult dos anos 60 e 70. Quando você tem uma paixão por alguma coisa, as ideias saem muito facilmente.
CL: Como surgiu a ideia de combinar os clipes musicais com o minimalismo e como escolheu a seleção de artistas e clipes presentes no seu portfólio?
FM: Nos anos noventa, eu tinha uma grande paixão pelo trabalho de diretores como Michel Gondry, Spike Jonze e Jonathan Glazer. Naqueles anos, víamos um vídeo excelente e cheio de ideias muito criativas. Infelizmente, agora vemos mais clipes e filmes baseados quase que inteiramente em efeitos especiais digitais, com uma criação de arte muito lisa e não muito original.
CL: Além de cartazes, seu site também possui outros trabalhos em design, produção de t-shirts, fotografia e ilustrações. Qual é a sua relação com a arte, de maneira geral?
FM: Desde a infância eu sempre amei desenhar. Eu ainda tenho desenhos antigos que são muito afeiçoados. Na Itália, as crianças dos anos 70 e 80 cresceram com um monte de desenhos animados que originados no Japão – que sempre foi admirado pelos desenhos e, para mim, foi uma grande fonte de inspiração.
Quando tinha 17 anos, eu frequentava uma escola de quadrinhos, mas eu fiz isso por apenas um ano, além dos três das quais foram destinados. Meus pais não queriam que eu muito distraído dos estudos. Eu tentei, de todas as formas, cultivar minha paixão pela arte e, em 1999, me formei em desenho industrial. Agora, depois de 10 anos, trabalho como diretor de arte em uma agência web.
CL: As ilustrações estão ganhando força devido ao compartilhamento via Internet. Como seu trabalho é divulgado neste meio e qual é o futuro da relação entre arte e web?
FM: A Internet revolucionou a arte e tem dado grandes oportunidades para os artistas, sem dúvidas. No passado, não era fácil ter conhecimento de muitos outros trabalhos. Se você não tem amizades, bons contatos, ou dinheiro suficiente para uma exposição, era impossível de ser conhecido fora do seu círculo de amizades.
No entanto, as obras na Internet são divulgadas globalmente, mas nem sempre são realmente visíveis e apreciadas, entende?
Eu, por exemplo, só consegui conhecer o número de cartazes dedicados ao minimalismo através do site Behance Network, uma janela do real que oferece grandes oportunidades para divulgar suas obras. Conheci e comecei a divulgar por lá.
Pode-se dizer que já estamos vivendo o tal “futuro da relação entre arte e web”. Os artistas têm a oportunidade de expor e vender seus trabalhos sem grandes investimentos, através de sites como imagekind.com. Espero que no próximo ano possamos reinventar ainda mais essa relação, mas no momento não consigo nem imaginar o que vai acontecer! (risos)
Pablo Vallejos é jornalista, microempresário e empreendedor da comunicação. Além de amante de filmes, é colaborador do Com Limão no Rio de Janeiro