Design

Cores na cozinha: A ousadia da KitchenAid em tempos de neutralidade

Cores e inovação se encontram na Design Series da KitchenAid, com a Evergreen trazendo um design inspirado na natureza.

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Nos anos 1950, as cozinhas eram mais do que um espaço funcional – eram verdadeiros retratos de um mundo que celebrava o novo, o vibrante. E os eletrodomésticos tinham um papel essencial nessa festa de cores. Amarelo canário, rosa chiclete, verde menta… cada tom parecia refletir a euforia do pós-guerra, trazendo modernidade e um toque de ousadia para as casas. As cozinhas se tornavam espaços dinâmicos e cheios de vida, quase como uma sala de estar paralela, onde o design falava alto.

Conforme os anos passaram, essa paleta colorida começou a se transformar. Os anos 80 e 90, por exemplo, trouxeram uma nova cartela de cores para o cenário doméstico, marcada por tons terrosos e mais discretos, como o marrom e o bege. Nessa época, as cozinhas pareciam se adaptar ao espírito mais contido, menos chamativo. A ideia era de funcionalidade sem extravagâncias, o que acabou deixando muitos ambientes visivelmente padronizados. Embora práticos, os eletrodomésticos neutros – tão presentes nas casas da época – não traziam a mesma energia e acabavam criando uma estética um tanto monótona.

Nos anos 2000, o minimalismo tomou as rédeas de vez, e o branco e o inox dominaram a cena. As cozinhas passaram a apostar em uma sofisticação fria, com linhas limpas e um visual altamente tecnológico. Era um contraste direto com as décadas anteriores e, embora elegante, essa tendência deixou muitos espaços sem aquela personalidade vibrante dos anos 1950.

A resistência das cores com a KitchenAid

E foi justamente nesse mar de neutralidade que a KitchenAid se destacou. Em vez de seguir totalmente o caminho das cores discretas, a marca sempre apostou no poder de uma paleta vibrante.

Desde os anos 1950, a KitchenAid entendeu que, além da funcionalidade, os eletrodomésticos podiam – e deviam – ser peças de design e expressão. É claro que, como todas as marcas, ela também seguiu algumas tendências neutras, mas nunca abriu mão de suas opções coloridas. Suas batedeiras, com tons como o vermelho, o azul e outras cores chamativas, se tornaram verdadeiros ícones nas cozinhas.

A escolha da KitchenAid pelas cores era quase uma resistência ao visual monótono que dominava as décadas de marrom, bege e inox. Com um design que alia funcionalidade e estilo, suas batedeiras continuam a trazer um toque de personalidade para cozinhas ao redor do mundo.

Quem olha para uma batedeira da marca sabe: aquilo é mais do que um eletrodoméstico. É um elemento de destaque, um convite à expressão criativa no coração da casa.

A evolução com a Design Series

Nos últimos anos, a KitchenAid continuou a elevar o nível com sua Design Series, mostrando que, sim, é possível inovar e, ao mesmo tempo, manter a tradição das cores.

A mais recente adição, Evergreen, lançada em 2024, celebra o design biofílico – que busca trazer a natureza para dentro de casa – com um verde floresta profundo que inspira tranquilidade. Mas o que torna essa série ainda mais especial são os detalhes: a tigela de madeira de nogueira e as gravações em latão no hub são um lembrete de que cada peça é pensada para ser mais do que funcional – ela é arte.

A edição anterior, Blossom, lançada em 2022, trouxe um verde suave, inspirado em ervas, junto com uma tigela de cobre martelado que desenvolve uma pátina ao longo do tempo. Essa evolução de materiais e cores faz com que cada batedeira não apenas faça parte da rotina da cozinha, mas que se transforme e envelheça junto com a história de quem a utiliza.

Já em 2021, a edição Light & Shadow apostou em tons neutros, mas com ousadia. Combinando o contraste entre luz e sombra, tons de areia e metais pretos, ela trouxe texturas impactantes e um design minimalista, provando que a inovação não depende de cores vibrantes. Mesmo dentro da neutralidade, essa edição limitada mostra que é possível transformar a cozinha em um espaço sofisticado e cheio de estilo, mantendo a criatividade e a personalidade no centro do design.

Se olharmos para a história das cores nos eletrodomésticos, fica claro que o design não é apenas sobre forma ou função: é sobre como queremos viver. As cores – ou a ausência delas – dizem muito sobre o que valorizamos em cada época.

No fim, o design dos eletrodomésticos vai além de uma escolha estética; ele afeta a maneira como interagimos com nosso próprio lar. E quando falamos de cozinhas, estamos falando de um espaço de encontro, de criação, onde a forma também precisa inspirar. Seja em tons vibrantes ou neutros, a cozinha sempre foi – e continua sendo – um lugar de expressão pessoal.



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