No universo do marketing, co-branded (ou co-branding) é uma estratégia em que duas marcas se unem para criar produtos, serviços ou experiências que carregam a identidade e os valores de ambas. O objetivo é somar forças: unir reputações, ampliar alcance e entregar algo único ao público. Essa abordagem é especialmente poderosa quando as marcas compartilham um público-alvo, mas trazem atributos complementares.

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Philip Kotler, considerado um dos pais do marketing moderno, define o co-branding como a aliança estratégica entre duas ou mais marcas para criar sinergia de valor, potencializar atributos e atingir públicos de forma mais eficaz. Essa estratégia pode assumir diferentes formas — desde o ingredient branding (como “Intel Inside” em notebooks) até colaborações completas que unem identidade visual, desenvolvimento conjunto e narrativa integrada.

Modus operandi do co-branding e o caso Razer + Sentinels

Diferente de um simples patrocínio ou parceria comercial, o co-branding é colaborativo do início ao fim. As duas marcas trabalham juntas no desenvolvimento do produto, desde o design até a comunicação, garantindo que ambas estejam representadas de forma autêntica. Isso significa que o consumidor final não vê apenas uma marca “emprestando” espaço para a outra, mas sim a fusão de identidades em um item exclusivo.

Um exemplo recente vem do universo dos esports. A Razer, marca global em equipamentos gamer, anunciou a renovação da sua parceria com a Sentinels, uma das organizações mais reconhecidas do cenário competitivo. Essa aliança vai além da exposição de marca em uniformes ou eventos: ela materializa-se em produtos co-branded que unem engenharia de ponta e identidade visual marcante.

Desde o início da colaboração, a linha inclui periféricos como o Viper V3 Pro – Sentinels Edition e a cadeira gamer Razer Iskur V2, que carregam tanto a qualidade da Razer quanto o visual icônico vermelho e preto da Sentinels. O mais recente lançamento reforça essa união: um faceplate exclusivo e de edição limitada para o headset Razer BlackShark V3 Pro, permitindo que fãs personalizem seu equipamento e expressem seu vínculo com o time.

Analisando sob a ótica de Kotler, a colaboração entre Razer e Sentinels pode ser classificada como co-branding complementar com elementos de value endorsement, ou seja, as marcas têm competências distintas — a Razer na engenharia de periféricos de alta performance e a Sentinels na autoridade e conexão com a comunidade de esports — e cada marca “endossa” o valor da outra. No caso Razer + Sentinels, o co-branding gera benefícios claros como:

• Para a Razer: reforça seu posicionamento como marca oficial de esportes eletrônicos, conectando-se de forma direta a uma comunidade fiel e engajada.
• Para a Sentinels: oferece aos fãs produtos de alto desempenho que fortalecem o vínculo emocional com o time, transformando torcedores em embaixadores da marca.
• Para o consumidor: entrega itens exclusivos que unem performance e identidade, tornando a compra não apenas funcional, mas também um ato de pertencimento.

Neste caso, apenas uma má notícia para o público brasileiro… não há previsão de chegada dos produtos ao mercado da América Latina, mas a lição de marketing é global.