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No Frame Missed: O iPhone na vida com Parkinson
Apple mostra que o iPhone pode transformar a vida de quem tem Parkinson — e por que essa tecnologia é mais humana do que parece.
Apple mostra que o iPhone pode transformar a vida de quem tem Parkinson — e por que essa tecnologia é mais humana do que parece.
Este texto é muito mais do que um comentário sobre uma campanha publicitária: é um depoimento pessoal e profundo. Há pouco mais de 10 anos, meu pai foi diagnosticado com a doença de Parkinson, um distúrbio neurológico que afeta o cérebro, principalmente os movimentos da pessoa e a produção de dopamina. Lembro-me como se fosse hoje: o susto do diagnóstico, o medo e as incertezas de conviver com uma doença degenerativa crônica.
Mais de uma década se passou, e ele segue bem. Claro que a medicina evoluiu (apesar de ainda não ter encontrado a cura para esta e tantas outras doenças). Um dos meus irmãos se formou biomédico e, volta e meia, inclui meu pai em estudos sobre Parkinson. Mais recentemente, ele descobriu que será avô em breve (muita calma! Eu serei tio, caso queira saber detalhes). Pode parecer simples esse fato, mas isso faz muita diferença em uma doença que afeta a produção de um neurotransmissor associado a sensações de prazer e recompensa.
Quem vive ou acompanha alguém com Parkinson sabe que a depressão pode ser um dos maiores abismos desse distúrbio. O tremor é apenas a parte visível e, muitas vezes, evolui de formas diferentes. O grande vilão está dentro das pessoas, que hoje já somam mais de 10 milhões no mundo. O medo da evolução do tremor, o medo de como será o futuro, o medo de não poder aproveitar os pequenos e mais simples momentos da vida, como registrar com o celular uma comemoração ou momentos em família.
Meu conselho para alguém que foi diagnosticado com Parkinson é: não encare como um fim, mas sim como o começo de um novo capítulo. E não desista, porque, se você desistir, o Parkinson vence.
Brett Harvey, escritor e diretor, diagnosticado com Parkinson aos 37 anos.
Depois de três parágrafos, chego à importância deste vídeo da Apple. Enquanto assistia e lágrimas discretas escorriam pelos meus olhos, percebi como a tecnologia — muitas vezes simples ou presente em nosso cotidiano — pode fazer grande diferença na vida de outras pessoas. Um desses exemplos é o Modo Ação, do iPhone, que estabiliza a gravação de vídeos no aparelho (perfeito para quem sofre com o tremor). Abaixo está um vídeo do próprio Harvey explicando como ativar a tecnologia no iPhone.
O vídeo “No Frame Missed” não traz apenas exemplos de superação. Ele reúne relatos de pessoas — entre elas, uma brasileira — mostrando como a tecnologia do iPhone pode impactar positivamente uma parcela significativa da população que vive com Parkinson em seu dia a dia. Um exemplo claro de como o design social pode fazer a diferença.