Fortnite: Festivais virtuais e a primeira mulher a ganhar uma etapa da FNCS
Fortnite pode ter nascido como jogo eletrônico, mas hoje é muito mais do que isso. Por falta de um nome melhor, eu chamaria a criação da Epic Games de “plataforma…
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Fortnite pode ter nascido como jogo eletrônico, mas hoje é muito mais do que isso. Por falta de um nome melhor, eu chamaria a criação da Epic Games de “plataforma de entretenimento”. Um espaço virtual onde, além das disputas battle royale (que misturam elementos de exploração, sobrevivência, e procura de equipamentos e de armas), também inclui shows esporádicos — foi assim no último dia 31 de julho, com apresentação virtual do DJ e produtor musical Diplo e será assim na próxima sexta-feira (07), com a “Festa Royale” do músico japonês Kenshi Yonezu.
Vale dizer que o “Festa Royale” não é uma simples apresentação. Segundo a Epic, é “um novo espaço experimental em constante desenvolvimento” para conectar outros jogadores e seus artistas favoritos. É um “Lollapalooza virtual”, com atividades e apresentações incríveis. Em um mundo com isolamento social constante e eventos presenciais sendo cancelados, a Epic entendeu (de verdade) o que é inovar em plataformas digitais.
Com mais de 350 milhões de contas ativas, Fortnite é um fenômeno no mundo dos games, mas tem a oportunidade de “furar a bolha” deste mercado. Disponível em todos os consoles, PC e macOS, e dispositivos móveis, Fortnite é gratuito para todos que quiserem embarcar neste mundo colorido e sem limites. Agora, imagine um festival musical online, onde você pode ver o seu artista favorito ou apenas curtir o dia com os amigos, com mini games.
Disponível em várias plataformas, eu pagaria tranquilamente por um ingresso para ver a minha banda favorita ao vivo, além de disparar bombas de tinta nos avatares dos amigos. Se isso não é uma boa representação do que é o futuro, não sei o que pode ser mais genial.
Fortnite Champion Series: Muitos prêmios em dinheiro e a primeira vencedora
Já para quem gosta do jogo em si e de e-sports, a Epic promove o Fortnite Champion Series (FNCS), um campeonato aberto para todos os jogadores — bata conseguir um número específico de XP para desbloquear o servidor do campeonato. Ao contrário do que ocorrem em outros jogos, não é necessário participar de uma liga profissional e os prêmios são distribuídos entre vários vencedores.
No Brasil, na fase final, são premiados os 400 melhores. Sim, os QUATROCENTOS melhores, com valores que vão de US$ 250 até US$ 20 mil (1º colocado), US$ 13 mil (2º) e US$ 10 mil (3º). No dia 01 de agosto, aconteceu a primeira etapa qualificatória no servidor sul americano, com três rodadas.
Quem liderou o ranking e terminou em primeiro nas três rodadas foi “King”, com 80 pontos na primeira rodada, 71 na segunda e 69 na terceira. O jovem de 14 anos é um dos players mais consistentes do cenário de Fortnite e atualmente joga pelo Team Singularity Brazil.
Além do brasileiro, o grande destaque do fim de semana foi a vitória da sueca Moqii Zoldyck, a primeira mulher a ganhar uma das sessões da FNCS. A jovem, também de 14 anos, atualmente joga pela Gen. G e com 94 pontos, ficou a frente de jogadores veteranos do cenário europeu. A vitória de Moqii é um feito que vale ser destacado. Com o FNCS acontecendo há 6 temporadas e em todos os continentes, a vitória da jogadora sueca é algo para se comemorar, mas também merece uma atenção especial pela pouca presença feminina no jogo. E jogadoras, eu garanto, existem.
Infelizmente, assim como acontece em várias comunidades gamers (algo que não deveria ser tão comum), Moqii tem sofrido ataques gratuitos em suas redes sociais, principalmente no Twitter, por contas que não possuem identificação e/ou são adolescentes da mesma idade que a vencedora.