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Chega de pancadaria! All we need is love!

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Em contraponto ao último post de HQ, este segue uma linha romântico-piegas. Se você tem diabetes, poderá sofrer os efeitos da grande quantidade de glicose das linhas a seguir. E você pode acompanhar essa overdose açucarada ao som de I don´t wanna fight, classicão da grandiosa Tina Turner.

Se o seu destino é defender a humanidade, está fadado a viver na solidão. Esse é um dos paradigmas mais fortes que rondam os super-heróis.

É evidente e inquestionável tudo o que implica (e complica) a vida de um herói que cede a um romance: se os criminosos descobrem a identidade da mortal amada, lá vamos nós com as infindáveis perseguições e a cara-metade será alvo das mais terríveis armadilhas, ciladas mil… tudo para prejudicar você, pobre super-herói apaixonado.

O risco é alto sim, mas sinceramente, vale a pena corrê-lo. Imaginem só o que deve ser salvar o mundo, enfrentar perigos em dimensões inimagináveis, arriscar a vida e ir para casa e não ter com quem compartilhar e contar como foi o dia. Um penoso fardo.

E fora que o amor é uma fonte inesgotável de motivação, energia e coragem. Nada pode suprir a sua beleza e profundidade.

Poucos são os heróis que posso me lembrar que se deram bem no amor. Posso citar de primeira o Dick Tracy, que casou e constituiu uma bela família.

Tudo bem que temos o Senhor Fantástico e a Mulher Invisível, do Quarteto Fantástico, que estão juntos há muito tempo, mas que não precisam do Doutor Destino para tornar a relação muitas vezes conturbada. Eles parecem um casal aqui do lado de casa que insiste em discutir de madrugada, geralmente em noites que eu preciso desesperadamente dormir bem. Que eles recebam agora meus agradecimentos e abraços fraternos! Fora que, quando não estão brigando, eles balbuciam fonemas que não consigo decodificar direito, algo como sons de macacos gritando no zoológico, sabe?

E o que falar do Homem-Aranha? Finalmente, Peter Parker tem um final feliz com Mary Jane, revela sua identidade secreta na TV no calor da Guerra Civil… e é obrigado a pedir uma ajudinha ao Mefisto para salvar a vida da sua amada tia. O Aranha não teve escolha. E o preço da colaboração? O esquecimento do matrimônio e a separação definitiva do casal.

Esse Mefisto é um capeta mal amado e invejoso. Isso é pagamento que se peça para alguém a quem se presta um favor? A felicidade alheia incomoda gente mal amada mesmo!

Super-heróis, parem tudo o que estiverem fazendo e leiam com toda atenção agora: vamos salvar o mundo sim, mas vamos também reservar um tempo para recarregar as energias nos afagos da pessoa amada. O afeto ainda – graças a Deus – é uma das mais imprescindíveis fontes de poder interior.

” Once upon a time / there was a boy there was a girl / hearts that intertwine / they lived in a different kind of world “.

* Este post é dedicado a todos que estão apaixonados e torcem para que seus relacionamentos tenham sucesso. E que tem o bom senso de não ficar discutindo em plena madrugada. Balbucear na língua macacal pode, mas só um pouco também. Senão eu fico prestando atenção e perco o sono.

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