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O Crepúsculo – Início de uma jornada

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E nesse último final de semana, assisti Crepúsculo, aquele filme que está arrebentando nas bilheterias dos Estados Unidos e é baseado no livro da dona de casa Stephenie Meyer. Sim, ela se tornou uma verdadeira maga da literatura estrangeira após escrever a série sobre a adolescente Isabella Swan que se apaixona pelo vampiro Edward Cullen. E ela nem tinha pretensão de chegar à tanto.

Bom, vamos ao que interessa: se você espera ver sangue, atrocidades e muita adrenalina, vá com calma: troque a ida ao cinema pela locadora de DVD e escolha 30 Dias de Noite para garantir sustos extras. Crepúsculo é para quem quer romance, é algo quase videoteca das moças, sacou? Está mais para leite condensado que suco de tomate!

O filme é um pacote embrulhado com diversas catarses teen, fase pela quais todos passamos: a trama é cool, tem elementos de folhetim, linguagem descolada / contemporânea e apelo super, mas super romântico, com direito à troca de olhares antes da aula, passeios no alto da montanha e aquela coisa de “por favor, jamais me abandone”. E a sequencia de Crepúsculo atende pelo nome de Lua Nova e será lançado ainda neste ano, em meados de novembro. Confirmado o sucesso de Lua Nova, mais dois filmes virão por aí.

A crítica vem pegando pesado exatamente nesta questão da dosagem excessiva de sentimentalismo: estamos falando de um vampiro, um ser odioso, que chupa sangue e tem zóio vermelho, é um predador terrível que está no foco da história. Vampiros são durões, quase bestiais e queimam em contato com a luz do Sol. Isso mesmo, vampiro não brilha feito diamante em dias ensolarados. Pergunta isso para o Blade!

Mas, por outro lado, se todo esse romantismo trava a história e compromete o resultado final na telona, porque a bilheteria mostra o contrário? Enxergo aí um fenômeno comportamental, coletivo e inconsciente da nossa geração: talvez o advento do “ficar” tenha banalizado as relações afetivas, de forma que o filme tenta resgatar o amor à primeira vista, o compromisso baseado na simples companhia, o herói que salva a donzela e a protege de tudo e todos.

Não que as opções de ficar ou o namorar de bate-e-pronto entrem em qualquer julgamento de certo ou errado… isso é algo particular e diz respeito à individualidade, à escolha de cada um. Mas que, em pleno século XXI, uma trama com cara de Romeu & Julieta agitar tanto o público, garantir que um filme se torne blockbuster e o livro best seller, com uma aposta em sequencias com o primeiro saindo do forno é algo totalmente intrigante, ímpar e merece uma dose de reflexão e questionamento.

E você pode contribuir com a trilha sonora do próximo filme também: ao acessar o site New Movie, você pode escolher uma música para embalar o casal apaixonado.

Mas conte aí para nós: você assistiu ao Crepúsculo? Vai correr para o cinema ou para a locadora pegar um filme concorrente? Se você não comentar, os vampiros, lobisomens, franksteins e todos aqueles mutantes da novela da Record vão perseguir você!!! rarararararara!

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